Para a conhecer é preciso chegar e perder-se entre vales, respirar o ar puro da serra e do rio, deixar o verde da paisagem invadir os nossos sentidos. É assim Penacova, terra de rios e ribeiras, miradouros e penedos, de moinhos e azenhas, de vento e água.
No centro da Vila o destaque vai para a Pérgola Raúl Lino, da autoria do arquiteto com o mesmo nome. Com eventos ao longo do ano, este espaço convida a sentar e a apreciar da varanda, sob as velhas cepas das glicínias, a paisagem que é soberba.
Na proa da vila, o “cabeço do castelo”, deslumbremo-nos com o Mirante Emydio da Silva. Daqui a vista e o esplendor do vale inunda os ângulos da nossa visão.
A água límpida dos trechos não poluídos do Alva e Mondego, correndo em curvas caprichosas entre montes escarpados oferece-nos praias fluviais como o Vimieiro e Reconquinho, em harmonia como uma paisagem cénica.
Ali próximo, dispostos quase verticalmente, como livros numa estante, os quartzíticos silúricos formam o mais importante Monumento Natural do Concelho, a Livraria do Mondego.
Em Lorvão, vila do concelho, ergue-se o Mosteiro de Lorvão. Encontra-se entre os mais antigos da Europa, já que a sua fundação remonta a meados do século sexto, de acordo com as memórias relatadas pelos cronistas monásticos, e é desde 1910 designado de Monumento Nacional.
É ainda no concelho de Penacova que se localiza um dos mais importantes conjuntos molinológicos nacionais. Distribuídos por todo o concelho, moinhos de vento, rodas e azenhas fazem jus às palavras de Nemésio que, David Mourão Ferreira, aqui mesmo, em Penacova, apelidou de incansável moleiro das palavras. Na Portela de Oliveira, o Museu do Moinho homenageia Vitorino Nemésio, que lhe dá o nome, e permite que quem o visite observe um magnífico espólio dedicado a esta arte ancestral.
Por estes motivos e por mais que de certeza descobrirão, convidamo-los a porem-se a caminho e a partir à aventura. Descobrir Penacova é, sem dúvida, saber onde a Natureza vive e onde se respira bom Ar.